Um
filme de 2002, que vi em 2005 (duas vezes).
Parce que certains actes sont
IRRÉPARABLES
Parce que L'Homme est un animal
Parce que le désir de vengeance est une pulsion naturelle
Parce que la plupart des crimes reste IMPUNIS
Parce que la perte de l'être aimé détruit comme la foudre
Parce que l'amour est source de vie
Parce que tout histoire s'ecrit avec du sperme et du sang
Parce que toutes les prémonitions ne changent pas le cours des choses
Parce que le temps RÉVÈLE tout
LE PIRE ET LE MEILLEUR
La vie est IЯЯƎVƎЯSIBLƎ
2 comments:
também já o vi umas três ou quatro vezes. gosto imenso e ainda esta noite, enquanto tentava dormir (para não variar, sem sucesso), me lembrei dele.
Sim - O Irreversível é um filme que bem pode acompanhar insónias. Eu vi-o duas vezes (a primeira sem som - depois explico porquê) e a segunda com som. A minha perspectiva mudou bastante com a segunda visualização. Isto é, com o som. Porque se da primeira vez o que mais me chocara fora a cena do extintor. Da segunda, decididamente, foi a (famosa) cena do túnel. O que me fez pensar como é que alguém desprovido da capacidade de audição recebe um filme como este. O choque visual daquele crâneo (e a forma como é caracterizado todo aquele ambiente) ficou totalmente subjugado pelo choro e gemidos abafados de alguém que está a ser atacado daquela forma. Acho o filme profundamente homofóbico. Mas interessante na forma como nos convida a observar e reflectir acerca das clivagens sociais (lembras-te bem do que ele lhe diz enquanto lhe desfaz o rosto?), das relações intersexos e intrasexos. Algumas partes dos diálogos roçam a genialidade. A forma como está filmado (e a música) dão nauseas - não só pelo contéudo das imagens, mas pela técnica de captação das mesmas. Aliás, a música desempenha um papel crucial na sensação de tontura que acompanha o espectador. Ser testemunha de um filme daqueles foi uma experiência inolvidável para mim. Não escrevi mais sobre o filme porque há partes de diálogos - que considero importantes, que não recordo com exactidão e que gostaria de salientar. E por muito que as últimas cenas sejam lindas (os planos picados de Monica Belluci deitada na relva a ler ao som daquela música são belíssimos) tudo o que já vira deixara-me com uma sensação de tristeza. Pergunto-me: se o filme obedecesse à lógica cronológica a revolta seria superior à sensação de tristeza?
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