Thursday, December 21, 2006
E já agora uma questão nada matemática...
Quando um homem não quer um filho, pode alegar que não é dele, pode fugir (seja mudando de cidade, seja mudando de país, ou mesmo de continente), pode não assumir a paternidade dessa criança. E, quando uma mulher não quer um filho, o que é que pode fazer?
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2 comments:
Tamodachi: um homem pode até alegar que o filho não é dele. E existem tribunais que se encarregam de averiguar a paternidade da criança. Um tribunal pode obrigar um homem a assumir a paternidade, mas ninguém o pode obrigar a assumir o papel de pai. Tal como a uma mulher. Esta até pode ter um filho, obriga-la a assumir o papel de mãe - com tudo o que a palavra indica, isso já é uma tarefa que ultrapassa a pura biologia.
Se ele desaparecer como fazem muitos, não há tribunal que faça coisa alguma. Se calhar deveria ter escrito " pode não querer assumir a paternidade", assim já ficava legalmente aceite. Ahahahahahaha.
Seja com for, o homem tem muito mais opções que a mulher, que das três uma, ou aborta, ou dá o filho para adopção (também incluo o abandono à porta de uma igreja), ou o enfia no micro-ondas, por exemplo.
Em qualquer um dos casos, a sociedade não vê com bons olhos nenhuma das opções, embora haja umas mais aceitáveis que outras claro. As mulheres são mal vistas, e até discriminadas, por não quererem os filhos, já os homens gozam duma impunidade social, alguns até gozam de elogios, por terem "espalhado" a sua "semente".
Mulher que não quer os filhos (e até que não quer ter filhos), não é humana, não é isso que se pensa?
Afinal de contas, espera-se socialmente das mulheres, que todas queiram ter filhos, que todas os tenham, e que todas os amem.
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