Horas e horas em frente a um ecrã que vai mudando de cores. Horas a fio… correndo pelos sentido das letras e dos espaços. Espaços em redondo na espiral dos dias. A velocidade que nunca parece ser suficiente. O nada que nunca parece ter fim. O tudo que já preencheu o vazio e que ocorre a cada mês. Os santos que nada nos dizem. As imagens que mentem. Os animais perdidos e um feeling que se pode ter tudo a qualquer instante… mesmo aqui. No instante a seguir.. já a seguir. Os ensaios… numa vã esperança de que algo mude os padrões riscados de tanto se repetirem. A água que escorre pelas paredes e que encharca os pensamentos de terror. O fogo que percorre a casa sem consumir o recheio do medo. O nada de nada. O vazio que açambarca a mente, que tolhe os pensamentos e que os engole num ápice. O abismo ali ao lado. Tão perto que não parece real. E o frio… esse frio que não passa. O frio que se instala e que congela as acções para que não se apaguem.
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