"Quem, eu? Eu disse-te isso?"
Ouvi aquelas palavras e mantive-me imóvel, gélida, como se nem a lua me corresse nas veias.
A interrogação era legítima, baseada na falta de recordação do episódio ou dos factos. Mas nada se pode fazer face à seleção decidida pelos meandros das lembranças.
Segundos depois ocorria-me que tudo nos pode ser roubado: o dinheiro no banco, o ouro nos cofres, as terras - expropriadas -, as reformas e os salários; mas sobretudo a memória, essa é que é a grande traidora entre @s traidor@s.
Foto de Robert & Shana ParkeHarrison
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