A utilidade das palavras, das memórias [e das suas construções] pode resumir-se ao seu actual préstimo.
Somos o que somos e não o que fomos.
Se recordo quem fui, outrem me vejo,
E o passado é o presente na lembrança.
Quem fui é alguém que amo
Porém somente em sonho.
E a saudade que me aflige a mente
Não é de mim nem do passado visto,
Senão de quem habito
Por trás dos olhos cegos.
Nada, senão o instante, me conhece.
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes.
Ricardo Reis (Odes)
Somos o que somos e não o que fomos.
Se recordo quem fui, outrem me vejo,
E o passado é o presente na lembrança.
Quem fui é alguém que amo
Porém somente em sonho.
E a saudade que me aflige a mente
Não é de mim nem do passado visto,
Senão de quem habito
Por trás dos olhos cegos.
Nada, senão o instante, me conhece.
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes.
Ricardo Reis (Odes)
Uma das sensações mais libertadoras que conheço é deitar coisas fora. Geografia política, registos escritos, economia política irão (ainda estão no corredor) directamente para o papelão. Também roupa - directamente para o contentor da Humana: "everybody's changing" - [and I do feel the same].
O único incómodo é mesmo fazê-las chegar ao ecoponto... há uma série de lances de escadas pelo caminho....
Foto de David LaChapelle
1 comment:
Que leveza é deitar coisas fora!
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