Saturday, August 30, 2008

A mesa reunia cerca de 16 pessoas. 'Cerca de' porque a população daquela mesa era flutuante, como @s alun@s das cidades universitárias. Eram todo@ fruto de um expurgo realizado durante 18 meses, numa rua das Avenidas Novas. Ele está na Manchete, ela vai para Paris - e de repente, o pranto misturado com as gargalhadas. Ele terminou o curso (há quase dez anos que tinha a diploma pendurado por aquela cadeira). O R. sempre R. sempre organizado, bem disposto, sagaz. O R. que se apercebia que ela chorava, o único que via as lágrimas que lhe corriam no rosto e que nunca lhe perguntou porquê. O olhar cúmplice era suficiente. Ele sabia que se ela quisesse lhe pediria ajuda. E R. sempre respeitou o silêncio das lágrimas que lhe caíam no regaço, ou em cima dos papéis que enchiam a mesa. F. trouxe o cabelo solto pela primeira vez. Magérrimo, o casaco disfarçava os ossos salientes. Nas despedidas que duram horas e nunca terminam, nas indecisões acerca do(s) destino(s), o mais imediato avizinha-se também uma incógnita: "festa na polux? Bairro ou Lux?". Incógnito (ironia: está fechado para férias....).

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