Sunday, January 27, 2008

Aqui, está a ser apresentada a fábula Cândido ou o Optimismo, de Voltaire. É a história de um rapaz, Cândido, que, depois de ter sido expulso do castelo em que vivia por se ter apaixonado por uma princesa, vai experimentar a guerra, a inquisição, a pobreza. Ainda assim, continua a acreditar que o seu mundo é o melhor dos mundos possíveis, frase repetida durante toda a peça. Fiquei com vontade de ler o livro. Pensei que o tinha, mas não. Tenho de o roubar por aí a uma qualquer pessoa desprevenida, ou vou ter mesmo de o oferecer a alguém para depois o levar emprestado, tal como fiz com este e com este. Sim, porque isto de comprar todos os livros que queremos ler tem que se lhe diga.

4 comments:

Anonymous said...

Eu empresto :) E já agora, aproveito para lembrar que ainda não me devolveste o " Biblioteca" :)

A. said...

Ai, ai! Já devolvi sim e até aposto que sei quem o tem.
Agora já não sei se quero que me emprestes o "Cândido". Só se for mesmo para te redimires de tão falsa infâmia. :)

. said...

Cândido, ou a luta entre a realidade e a crença de que se vive no melhor dos mundos...
"Cândido, ao ver um Homero magnificamente encadernado, elogiou o ilustríssimo quanto ao seu bom gosto.
— Eis – disse ele – um livro que fazia as delícias do grande Pangloss, o maior filósofo da Alemanha.
— Pois não faz as minhas – disse friamente Pococurante. – Fizeram-me acreditar outrora que eu sentia prazer em lê-lo; mas essa repetição contínua de combates que todos se assemelham, esses deuses que agem sempre para nada fazer de decisivo, essa Helena que é o motivo da guerra e que mal entra na peça; essa Tróia que cercam e não tomam, tudo isso me causava um mortal aborrecimento. Perguntei a eruditos se eles se aborreciam tanto quanto eu nessa leitura. Os que eram sinceros confessaram-me que o livro lhes tombava das mãos, mas que sempre era preciso tê-lo na biblioteca, como um monumento da Antigüidade, é como essas moedas enferrujadas que não podem circular.”

. said...

E cunegundes (nome totalmente impronunciável) enquanto relata a Cândido o que lhe sucedera desde que este fora expulso do "melhor dos castelos", constata: "Pangloss enganou-me cruelmente quando me dizia que tudo está o melhor do mundo.". Até podia ser que Pangloss estivesse correcto e que, simplesmente, Cunegundes não tivesse percebido que o mundo a que o mestre se referia era tão somente o castelo Thunder-ten-tronckh.