"O perigo de meditar é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objectivo. O menos perigoso é, na meditação, «ver, o que prescinde de palavras de pensamento. Sei que existe agora um microscópio electrónico que apresenta a imagem de um objecto cento e sessenta mil vezes maior do que o seu tamanho natural - mas não chamarei de alucinatória a visão que se tem desse microscópio, mesmo que não se reconheça mais o pequeno objecto que ele monstruosamente engrandecera.
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável. Mas também nas minhas visões puramente ópticas, de uma cadeira ou de um jarro, sou vítima de erro:(...). O erro é um dos meus modos fatais de trabalho."
Se eu me enganei na minha meditação visual?
Absolutamente provável. Mas também nas minhas visões puramente ópticas, de uma cadeira ou de um jarro, sou vítima de erro:(...). O erro é um dos meus modos fatais de trabalho."
Clarice Lispector, A Paixão Segundo G. H.
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