Tenho um problema com a polícia. Não com toda a polícia. Não... decididamente, não com tod@s, mas com os polícias que nos invadem com o olhar. Com aqueles polícias que nos diziam que se fossemos suas "filhas não andaríamos na rua áquelas horas" e que, concluiam no fundo da sua infinita sapiência: que assim sendo, não tínhamos "legitimidade para nos queixarmos de assédio". Daqueles polícias que puxam dos galões para fazerem valer o seu ponto de vista (desviado). Tenho um problema com a polícia que me pergunta se moro ali perto (durante uma operação STOP). Com a polícia que me deixa a secar não sei quanto tempo para apresentar uma queixa, me atende com um rosto fechado que logo se abre ao ouvir a minha profissão. Tenho um problema com a polícia que permite que nos dias de jogos a 2ª Circular fique com menos uma via de trânsito, ou que a bomba da BP da Avenida Padre Cruz se transforme num imenso parque de estacionamento e que implica comigo porque tenho o carro parado - comigo lá dentro - com os 4 piscas. Tenho um problema com aquel@s polícias que quando mandam parar uma figura pública lhe oferecem presentes ou, no extremo oposto - são particularmente duros, porque não sabem como lidar com uma situação de incumprimento da lei ou com as suas preferências. Mas acima de tudo, tenho um problema com a polícia que desperdiça as balas numa luta que pretendem ser justa. Tenho um problema com o corporativismo da polícia. Tenho um problema com os senhores das fardas. Das fardas que escondem um Ser Humano.
E não, isto não quer dizer que não agradeça aos polícias que, sem o mínimo de condições, diariamente, arriscam couro e cabelo, para fazer cumprir a lei.
1 comment:
Há muito poucas excepções de polícias decentes. A história das condições de trabalho é uma desculpa.. tudo bem que eles têm condições difíceis mas a maioria é corrupta, racista e prepotente - ressalvando as devidas excepções, que as existem em todo o lado.
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