Wednesday, November 02, 2005

Ignorância nas escrituras ou a perplexidade (Não de Cassandra, mas a minha)

Sou uma confessa ignorante das escrituras cristãs... mas agora, estava aqui a ver num livrito e deparei-me com a seguinte citação: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus...".... É certo que a frase está descontextualizada e que tem as misteriosas reticências no final, o que pode indiciar que algo (ainda mais) surpreendente irá sair daquele raciocínio... no entanto, questiono-me se o reino dos céus é um local cheio de gente idiota ou se os pobres de espírito serão outros que não os que imagino...
Segunda questão: com esta filosofia, como é que conseguem seduzir tanta gente? Será que todos os cristãos se vêem como "pobres de espírito"? Ou, por algum acaso, e desígnio oculto anseiam conhecer o reino oposto? Estaria o Sr. Mateus (o alegado autor da frase) bom da cabeça quando escreveu uma coisa destas? É que nas seguintes frases ainda admito que pudesse pura falta de visão estratégica - passo a citar: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados." - mas na questão da pobreza de espírito ser garantia do Reino dos Céus... aqui só posso mesmo pensar que o Sr. Mateus tinha um destes dois problemas: ou falta de droga, ou droga fora do prazo da validade...

4 comments:

Woman Once a Bird said...

Relativamente a esta questão, discordo totalmente contigo.
Na minha leitura (e, em última análise falamos sempre de leituras... de traduções enviezadas pelas nossas vivências), o sermão da Montanha é um texto sobre Inclusão e Tolerância. É um texto que combate exactamente os que são deixados à margem de qualquer texto, os que são ignorados na berma da estrada... Acerca daqueles que evitamos quando percorremos as ruas porque de algum modo não encaixam nos nossos padrões de normalidade.
É um texto acerca de esperança... aponta directamente para aqueles que são esquecidos. humilhados, ignorados e diz-lhes que existe um local onde serão aceites tal como são.
Outra questão completamente diferente é se acreditamos nesse outro lugar ou não.

Anonymous said...

kiara, ser esquecido, humilhado e ignorado é uma coisa, ser um pobre de espírito é outra...

para mim aqueles cogumelos mágicos (droguinha maravilha abundante lá pelas galileias e afins) estava a bater de uma forma meia marada!

Woman Once a Bird said...

Uma questão de linguagem. E, arrisco, de tradução.

Anonymous said...

Eu bem disse que o k está a dar é ser burro!!!
Eu sempre quis ser burra e não pensar.
acreditem que seria mais feliz.
Quem é que no seu perfeito juizo é que quer acordar a pensar: "Hum...afinal mais um dia e eu sem saber qual é a minha finalidade neste planeta!?"
eu preferia acordar e pensar:
"Hum...Soutien...com alças ou sem alças?!"
Muitoooooo mais feliz e no final tinha um cantinho no Ceú ;)